domingo, 30 de julho de 2017

Sawabona e Shikoba

Existe uma tribo no sul de África com um costume verdadeiramente belo. Quando alguém se comporta de forma inadequada, os membros da tribo levam essa pessoa ao centro de sua aldeia e todos a rodeiam. Durante dois dias eles recordam a essa pessoa todas as coisas boas que ela já fez. Esse costume é conhecido como Sawabona e Shikoba.
Esta tribo acha que todos nós viemos ao mundo sendo bons e desejando segurança, amor, paz e felicidade. Ocorre que na busca de nosso lugar, no dever de nossa vida, podemos cometer erros. Estes deslizes são para eles gritos impacientes de auxílio, pedidos de ajuda.
Eles acreditam que no anseio de se sentirem seres especiais e bons, as pessoas às vezes falham em seu comportamento. Então, reúnem-se para direcionar os que erraram e reconectá-los com sua verdadeira natureza, recordando-lhes de quem eles são e, na realidade, lembrando-os de que podem dar novamente a mão à sua verdade.
Assim, quando isto ocorre, todos lhe repetem “Sawabona e Shikoba”. “Sawabona”significa “eu respeito você, valorizo você e você é importante para mim” e a pessoa responde “Shikoba”, que quer dizer “então… eu sou bom e eu existo para você”Este ato de reconhecimento reconstrói o interior maculado da pessoa que errou, fazendo com que ele se sinta querido e valorizado.
fonte: https://amenteemaravilhosa.com.br/voce-conhece-significado-das-palavras-sawabona-shikoba/


Trash - A Esperança vem do Lixo


Estamos vivendo um momento onde estão vindo à tona casos e casos de corrupção entre políticos de todas as esferas,  - federais, estaduais e municipais - nas instituições religiosas, na justiça, na polícia, na saúde , na educação. Perplexos, verificamos que a corrupção parece estar arraigada na vida de todos nós e acontece tanto no condomínio onde vivemos como nos palácios de governo, envolvendo o cidadão comum e autoridades que deveriam estar acima de qualquer suspeita. Este filme de 2014 denuncia um esquemão de corrupção e nos deixa eletrizados na expectativa de saber como a história termina e o que acontece com todos os envolvidos.



Trash - A Esperança Vem do Lixo

Diretor: Stephen Daldry
Elenco: Wagner Moura, Selton Mello, Rooney Mara, Martin Sheen
País de origem: Reino Unido/Brasil
Ano de produção: 2014
Classificação: 14 anos


Diretor inglês comanda elenco brasileiro em “Trash – A Esperança Vem do Lixo”


Filme mostra as aventuras de um trio aventureiro contra a polícia e os políticos.


Em uma trama de perseguições e corrupção, três meninos - Raphael, Gardo e Rato – encontram uma carteira no lixão onde vivem e decidem buscar a solução para o mistério que a rodeia. Quando se veem em uma aventura vertiginosa que envolve diretamente os personagens José Angelo (Wagner Moura), Frederico (Selton Mello) e Antonio Santos (Stepan Nercessian), os três vão precisar lutar contra inimigos poderosos. 

Quando o diretor britânico Stephen Daldry anunciou que filmaria seu próximo longa no Brasil, em 2013, a reação instintiva de muitos brasileiros foi desconfiar: afinal, o que esse gringo sabe sobre o nosso país? Pois agora que “Trash – A Esperança Vem do Lixo” se prepara para encerrar o Festival do Rio e estrear em todo o país, já podemos respirar aliviados: ele sabe o bastante.

Um dos segredos de “Trash” é que suas questões não dialogam apenas com a realidade brasileira, apesar de se encaixarem especialmente bem neste momento e neste lugar. O filme, baseado no livro de Andy Mulligan, acompanha as aventuras de três pré-adolescentes que vivem num lixão do Rio de Janeiro e encontram uma carteira, que esconde códigos para a grande fortuna de um político corrupto.

A corrupção é apenas um dos temas abordados por Daldry, que também explora a violência policial, a situação carcerária, o preconceito racial, o lixo e a troca de favores entre políticos e instituições (dando nomes minimamente alterados aos bois, como “ABF” no lugar de “CBF” e “Templo Universal” no lugar de “Igreja Universal”).
É fácil deduzir que o cineasta aprendeu tudo isso com outros filmes: “Tropa de Elite” e “Cidade de Deus” transpiram em cada sequência de “Trash”. Mas há uma atualidade no longa que não soa forçada e que sugere que Daldry fez sua lição-de-casa – incluindo participar de uma manifestação de rua e tomar um banho de gás de pimenta em meio aos protestos de junho.
Mostrando respeito pelo cenário escolhido, o artista escalou atores brasileiros para quase todos os papéis, inclusive para os três protagonistas Rafael (Rickson Tevez), Rato (Gabriel Weinstein) e Gardo (Eduardo Luís). Os garotos não são profissionais e foram escolhidos com a ajuda da produtora brasileira O2, a mesma de “Cidade de Deus”. De estrangeiros, o filme traz apenas dois personagens secundários: uma professora de inglês (Rooney Mara) e um padre (Martin Sheen).
Wagner Moura, cujo rosto estampa o pôster, aparece pouco, mas logo compreendemos sua escolha: marcado por personagens que buscaram a justiça a qualquer custo (mesmo que por meios errados), Moura representa um fio de esperança num país sem lei. Daldry aproveita essa ideia e o fato de o ator ser conhecido fora do Brasil, mas não se apoia nele para fazer o filme funcionar – pelo contrário, sua presença é apenas uma inspiração para os três heróis mirins.
Quem ganha destaque é Selton Mello, no papel do policial truculento Frederico. Outros nomes conhecidos do público também aparecem, mesmo que por breves instantes: Jesuíta Barbosa, André Ramiro, Nelson Xavier e Gisele Fróes são alguns deles.
O diretor, indicado a três Oscars por “Billy Elliot”, “As Horas” e “O Leitor”, arrisca-se pela primeira vez numa história de aventura, misturando a esperteza infantil de um Tom Sawyer ou de um Harry Potter ao cinema de denúncia tipicamente brasileiro. O resultado é uma mistura interessante de fantasia e realidade, entretenimento e reflexão - maniqueísta como pede Hollywood, mas sem afetação. “Trash”, que estreia nacionalmente no dia 9 de outubro, deve agradar a crianças e adultos, brasileiros ou estrangeiros, sem preconceitos.

fonte: https://www.guiadasemana.com.br/cinema/sinopse/trash-a-esperanca-vem-do-lixo

Conferência sobre os Oceanos - Documento final

Ocorrida entre os dias 5 e 9 de junho na sede das Nações Unidas em Nova Iorque, a Conferência sobre os Oceanos contou com os principais chefes de Estado e de Governo, bem como representantes de organizações de todo o mundo que trabalham com o tema.
ONU divulga documento final da Conferência dos Oceanos em portuguêsO Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio) divulgou nesta quarta-feira (26) o documento final em português da Conferência sobre os Oceanos, encontro global ocorrido no final de junho.
O documento foi elaborado por 193 Estados-membros da ONU. Ocorrida entre os dias 5 e 9 de junho na sede das Nações Unidas em Nova Iorque, a Conferência sobre os Oceanos contou com os principais chefes de Estado e de Governo, bem como representantes de organizações de todo o mundo que trabalham com o tema.
O objetivo era apoiar a implementação do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 14: conservar e utilizar de forma sustentável os oceanos, os mares e os recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável. Confira o documento na íntegra abaixo:

Nosso Oceano, Nosso Futuro: Chamada para Ação

1. Nós, chefes de Estado e Governo e representantes oficiais, reunindo-nos em Nova Iorque, de 5 a 9 de junho de 2017, na Conferência sobre os Oceanos para apoiar a implementação do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 14 da Agenda 2030, com participação integral da sociedade civil e outras partes interessadas, afirmamos nosso forte compromisso de conservar e usar sustentavelmente nossos oceanos, mares e recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável.
2. Nós somos mobilizados pela forte convicção de que nosso oceano é essencial para nosso futuro compartilhado e humanidade em comum em toda sua diversidade. Como líderes e representantes de nossos governos, estamos determinados em agir decisiva e urgentemente, convencendo-se que nossa ação coletiva fará uma diferença significativa para nossa população, nosso planeta e nossa prosperidade.
3. Nós reconhecemos que o nosso oceano cobre três quartos do nosso planeta, conecta nossas populações e mercados e representa uma parte importante das nossas heranças natural e cultural. Ele fornece quase metade do oxigênio que respiramos, absorve mais de um quarto do dióxido de carbono que produzimos, exerce um papel vital no ciclo da água e no sistema climático e é uma fonte importante de biodiversidade e de serviços de ecossistema do nosso planeta.
Ele contribui para o desenvolvimento sustentável e economias sustentáveis baseadas no oceano, bem como para a erradicação da pobreza, segurança alimentar e nutrição, comércio e transporte marítimo, trabalho digno e fonte de renda.
4. Nós estamos particularmente alarmados pelos efeitos colaterais da mudança climática no oceano, incluindo o aumento das temperaturas do oceano, acidificação oceânica e costeira, desoxigenação, aumento do nível do mar, diminuição da área de cobertura do gelo polar, erosão das costas e fenômenos climáticos extremos.
Nós reconhecemos a necessidade de se abordar os impactos adversos que prejudicam a habilidade crucial do oceano de agir como um regulador climático, como fonte de biodiversidade marítima, como um provedor vital de alimento e nutrição, turismo e serviços de ecossistema, e como um motor de desenvolvimento e crescimento econômico sustentáveis. Nós reconhecemos, a respeito disto, a importância do Acordo de Paris, adotado sob a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças no Clima.
5. Nós estamos comprometidos em interromper e reverter o declínio da saúde e produtividade do nosso oceano e seus ecossistemas e em proteger e restaurar sua resiliência e integridade ecológica. Nós reconhecemos que o bem-estar das gerações presentes e futuras está inextricavelmente ligado à saúde e produtividade do nosso oceano.
6. Nós sublinhamos o caráter integrado e indivisível de todos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, bem como as interligações e sinergias entre eles, e reiteramos a importância de sermos guiados em nosso trabalho pela Agenda 2030, incluindo os princípios reafirmados nela. Nós reconhecemos que cada país enfrenta desafios específicos em seu esforço pelo desenvolvimento sustentável, em particular países menos desenvolvidos (PMD, ou LDC na sigla em inglês), países em desenvolvimento sem saída para o mar, países insulares em desenvolvimento (SIDS) e Estados africanos, incluindo costeiros, entre outros reconhecidos na Agenda 2030. Há também desafios nos países de renda média.
7. Nós reiteramos nosso compromisso em atingir as metas do Objetivo 14 dentro do prazo e a necessidade de se sustentar ações em longo prazo, levando em consideração as distintas realidades nacionais, capacidades e níveis de desenvolvimento e respeitando políticas e prioridades nacionais. Nós reconhecemos, particularmente, a relevância especial de certas metas do Objetivo 14 para SIDS e LDCs.
8. Ressaltamos a necessidade de uma abordagem integrada, interdisciplinar e intersetorial, bem como de se aperfeiçoar a cooperação, coordenação e coerência política em todos os níveis. Enfatizamos a importância de parcerias efetivas que possibilitem ações coletivas e reafirmamos nosso compromisso para com a implementação do Objetivo 14 com a participação integral de todas as partes interessadas.
9. Ressaltamos a necessidade de se integrar o Objetivo 14 e suas metas inter-relacionadas aos planos e estratégias nacionais de desenvolvimento, de se promover a propriedade nacional e de se assegurar sua implementação através do envolvimento de todas as partes interessadas, incluindo autoridades locais e nacionais, membros do parlamento, comunidades locais, povos indígenas, mulheres e jovens, bem como as comunidades acadêmicas e científicas e de negócios e indústrias. Nós reconhecemos a importância da igualdade de gênero e o papel crucial das mulheres e jovens na conservação e no uso sustentável de oceanos, mares e recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável.
10. Ressaltamos a importância de se aprimorar o entendimento da saúde e da função do nosso oceano e dos estressores em seus ecossistemas, inclusive através de avaliações do estado do oceano pautadas na ciência e em sistemas de conhecimento tradicionais. Nós também ressaltamos a necessidade de se expandir a pesquisa científica marinha para informar e sustentar as tomadas de decisão, e de se promover centros e redes de conhecimento para aperfeiçoar o compartilhamento de dados científicos, dos melhores métodos e de conhecimento prático.
11. Nós enfatizamos que nossas ações para implementar o Objetivo 14 devem estar de acordo com, reforçar e não duplicar ou subjugar os instrumentos, processos, mecanismos ou entidades legais existentes. Nós afirmamos a necessidade de se aprimorar a conservação e o uso sustentável de oceanos e seus recursos através da implementação do direito internacional como refletido na Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, que provê a estrutura legal para a conservação e uso sustentável de oceanos e seus recursos, como recordado no parágrafo 158 de “O Futuro que Queremos”.
12. Nós reconhecemos que a conservação e o uso sustentável do oceano e seus recursos requerem os meios necessários de implementação fornecidos pela Agenda 2030, pela Agenda de Ação de Adis Abeba da Terceira Conferência Internacional sobre Financiamento para o Desenvolvimento e outras fontes relevantes, incluindo o Roteiro das Modalidades Aceleradas de Ação dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (SAMOA). Nós salientamos a importância da implementação completa e dentro do prazo da Agenda de Ação de Adis Abeba e, nesse contexto, enfatizamos a necessidade de se aprimorar o conhecimento e a pesquisa científicas, aprimorar a capacitação em todos os níveis, mobilizar recursos de todas as fontes e facilitar a transferência de tecnologia em termos mutuamente aceitos, levando em consideração os critérios e diretrizes da Comissão Oceanográfica Intergovernamental sobre a transferência de tecnologia marinha, para apoiar a implementação do Objetivo 14 em países em desenvolvimento.
13. Nós apelamos a todas as partes interessadas para que conservem e utilizem de forma sustentável os oceanos, mares e recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável através das seguintes ações, as quais devem ser aplicadas com caráter de urgência, inclusive a partir do aproveitamento de instituições e parcerias já existentes:
(a) Abordar a implementação do Objetivo 14 de maneira integrada e coordenada e promover políticas e ações que considerem as interligações críticas entre as metas do Objetivo 14, a sinergia potencial entre o Objetivo 14 e os outros Objetivos, particularmente aqueles cujas metas são relacionadas ao oceano, bem como outros processos que apoiem a implementação do Objetivo 14.
(b) Fortalecer a cooperação, coordenação e coerência política entre instituições em todos os níveis, inclusive entre organizações internacionais, organizações e instituições regionais e sub-regionais, arranjos e programas.
(c) Fortalecer e promover parcerias efetivas e transparentes entre múltiplas partes interessadas, incluindo parcerias público-privadas, por meio do aprofundamento do envolvimento dos governos com entidades e programas globais, regionais e sub-regionais, comunidade científica, setor privado, comunidade de doadores, organizações não governamentais, grupos comunitários, instituições acadêmicas e outros atores relevantes.
(d) Desenvolver estratégias compreensíveis para gerar conscientização acerca da relevância natural e cultural do oceano, bem como de seu estado e do papel que exerce, e da necessidade de se aprofundar o conhecimento sobre o oceano, incluindo sua importância para o desenvolvimento sustentável e como as atividades antropológicas o afetam.
(e) Sustentar planos para nutrir a educação relacionada ao oceano, como, por exemplo, parte do currículo educacional, a fim de se promover literatura sobre o oceano e criar uma cultura de conservação, restauração e uso sustentável do mesmo.
(f) Dedicar mais recursos para pesquisas científicas marinhas, a exemplo de pesquisas interdisciplinares e observação oceânica e costeira contínua, além de coleta e compartilhamento de dados e conhecimentos, incluindo conhecimentos tradicionais, a fim de se aprofundar nosso conhecimento sobre o oceano, melhorar o entendimento acerca do relacionamento entre o clima e a saúde e produtividade do oceano, fortalecer o desenvolvimento de sistemas coordenados de alarme antecipado de eventos e fenômenos climáticos extremos e para promover as tomadas de decisão com base na melhor ciência disponível, incentivar a inovação científica e tecnológica, bem como aprimorar a contribuição da biodiversidade marinha para o desenvolvimento de países em desenvolvimento, em particular os SIDS e LDCs.
(g) Impulsionar ações para prevenir e reduzir significativamente a poluição de todos os tipos, particularmente de atividades terrestres, incluindo detritos marinhos, plásticos e microplásticos, poluição nutricional, esgoto não tratado, depósito de resíduos sólidos, substâncias perigosas, poluição de navios e equipamentos pesqueiros perdidos, abandonados ou descartados de qualquer forma, bem como para se abordar, apropriadamente, os impactos adversos de outras atividades humanas no oceano e na vida marinha, como ataques de navios, barulho submarino e espécies exóticas invasoras.
(h) Promover a prevenção e minimização do desperdício, desenvolver padrões de consumo e produção sustentáveis, adotar os 3Rs – reduzir, reutilizar e reciclar –, inclusive através do incentivo de soluções voltadas para o mercado a fim de se reduzir a geração de resíduos, do aprimoramento de mecanismos ecológicos de manejo, descarte e reciclagem de resíduos, e do desenvolvimento de alternativas como produtos reutilizáveis, recicláveis ou biodegradáveis em condições naturais.
(i) Implementar estratégias robustas e de longo prazo para reduzir o uso de plásticos e microplásticos, particularmente sacolas plásticas e plásticos de uso único, inclusive através de parcerias com partes interessadas em níveis relevantes para abordar sua produção, promoção e uso.
(j) Sustentar o uso efetivo e apropriado de ferramentas baseadas em área, inclusive áreas marinhas protegidas e outras abordagens integradas e intersetoriais, incluindo planejamento espacial marinho e gestão integrada da zona costeira com base na melhor ciência disponível, bem como o engajamento de partes interessadas e a aplicação de abordagens ecológicas e preventivas, consistentes com o direito internacional e de acordo com a legislação nacional, para aprimorar a resiliência oceânica e melhorar a conservação e o uso sustentável da biodiversidade marinha.
(k) Desenvolver e implementar medidas efetivas de adaptação e mitigação que contribuam para aumentar e sustentar a resiliência do oceano à acidificação oceânica e costeira, ao aumento do nível do mar e ao aumento da temperatura oceânica, e para a abordagem de outros impactos prejudiciais da mudança climática no oceano, bem como em ecossistemas costeiros e de carbono azul, tais como manguezais, pântanos de maré, ervas marinhas, recifes de corais e ecossistemas interconectados mais amplos, e assegurar a implementação de obrigações e compromissos relevantes.
(l) Aprimorar a gestão sustentável da pesca, inclusive para restaurar os estoques de peixe o mais celeremente possível ao menos a níveis que permitam a máxima produção sustentável possibilitada por suas próprias características biológicas, através da implementação de medidas de gestão, monitoramento, controle e cumprimento de parâmetros baseadas na ciência, apoiando o consumo de peixes advindos de pesqueiras sustentáveis, e por meio da abordagem preventiva e ecológica apropriada, bem como através do fortalecimento da cooperação e coordenação, inclusive por meio de organizações, entidades e programas de gestão de pesqueiras regionais.
(m) Extinguir práticas destrutivas de pesca e a pesca ilegal, não reportada e irregular, abordando suas raízes e responsabilizando os atores e beneficiários por meio da aplicação das medidas cabíveis, a fim de privá-los dos benefícios de tais atividades, e implementar efetivamente as obrigações do Estado da bandeira, bem como as obrigações relevantes do Estado portuário.
(n) Acelerar o trabalho e fortalecer a cooperação e coordenação em prol do desenvolvimento de esquemas de documentação de capturas interoperáveis e rastreamento de produtos pesqueiros.
(o) Fortalecer a capacitação e a assistência técnica fornecida a pescadores artesanais de pequena escala em países em desenvolvimento, a fim de possibilitar e aprimorar o acesso a recursos e mercados marinhos e melhorar a situação socioeconômica de pescadores dentro do contexto de gestão sustentável de pesqueiras.
(p) Agir decisivamente para proibir certas formas de subsídios que contribuam para a excedência de capacidade e para a sobrepesca, eliminar subsídios que contribuam para a pesca ilegal, não reportada e irregular e retrair-se de introduzir novos subsídios similares, inclusive acelerando os esforços para completar negociações na Organização Mundial do Comércio pertinentes a esse assunto, reconhecendo que o tratamento especial e diferenciado, apropriado e efetivo, para países subdesenvolvidos e em desenvolvimento deve ser parte integral de tais negociações.
(q) Apoiar a promoção e o fortalecimento de economias sustentáveis baseadas no oceano, as quais, a propósito, se sustentam em práticas sustentáveis como pescaria, turismo, aquicultura, transporte marítimo, fontes de energia renováveis, biotecnologia marinha e dessalinização da água do mar, como meios de alcançar as dimensões econômicas, sociais e ambientais do desenvolvimento sustentável, particularmente para SIDS e LDCs.
(r) Aumentar esforços para mobilizar os meios necessários para o desenvolvimento de atividades sustentáveis relacionadas ao oceano e para a implementação do Objetivo 14, particularmente em países em desenvolvimento, de acordo com a Agenda 2030, Agenda de Ação de Adis Abeba e outras fontes relevantes.
(s) Engajar-se ativamente em discussões e intercâmbios de perspectivas no Comitê Preparatório estabelecido pela Resolução 69/292 da Assembleia Geral acerca do desenvolvimento de um mecanismo legalmente vinculante sob a égide da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar sobre o uso sustentável da diversidade biológica marinha em áreas além da jurisdição nacional, a fim de que a Assembleia Geral possa, antes do fim de sua septuagésima-segunda sessão, considerando o relatório do Comitê Preparatório da Assembleia Geral, decidir acerca da convocação e data de início de uma conferência intergovernamental.
(t) Acolher o acompanhamento dos diálogos de parceria e comprometer-se com a implementação dos nossos respectivos compromissos voluntários feitos no contexto da Conferência.
(u) Contribuir para o acompanhamento e processo de revisão da Agenda 2030 por meio do fornecimento de contributos ao Fórum Político de Alto Nível sobre Desenvolvimento Sustentável acerca da implementação do Objetivo 14, inclusive sobre oportunidades de fortalecer o progresso no futuro.
(v) Considerar caminhos e meios adicionais para sustentar a implementação efetiva e dentro do prazo do Objetivo 14, considerando as discussões no Fórum Político de Alto Nível durante seu primeiro ciclo.
14. Nós clamamos que o secretário-geral das Nações Unidas continue seus esforços de apoio à implementação do Objetivo 14, no contexto da implementação da Agenda 2030, particularmente pelo aprofundamento da coerência e da coordenação entre agências pertencentes ao sistema das Nações Unidas sobre questões oceânicas, levando em consideração o trabalho da ONU Oceanos.
* * *
Tradução do Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio), por Camila Martins. Edição de 26 de julho de 2017.
fonte: https://nacoesunidas.org/onu-divulga-versao-em-portugues-do-documento-final-da-conferencia-oceanos/

Professora Diva Guimarães emociona na FLIP


"Quem não esteve na FLIP 2017 pode participar de seu ponto mais alto, ouvindo as palavras de uma brasileira que sente na pele o racismo de nosso país,e que graças à educação formal, não formal e informal , conseguiu afirmar-se e como ser humano e cidadã, afirmando, honrando e exaltando sua origem africana". Madza Ednir






A professora  Diva Guimarães, foi responsável por um momento de forte emoção na Flip (Paraty, 28/07/2017), quando pediu a palavra no evento Território Flip/Flipinha: "A pele que habito". Mesa com Lázaro Ramos e a jornalista portuguesa Joana Gorjão Henriques.


"Com medo ou sem medo, a gente tem que falar"

A professora Diva divou mesmo! Veja a matéria de O Globo!

Um perfil de Diva Guimarães, a professora de 77 anos que roubou os holofotes na Flip
Da plateia, paranaense falou sobre racismo em mesa com Lázaro Ramos e Joana Gorjão Henriques


POR 
Encontro de Diva Guimarães e Conceição Evaristo na Flip 2017 - Ana Branco / Agência O Globo


PARATY - Diva Guimarães virou celebridade em Paraty, ofuscando até os escritores convidados da Flip. Após dar um emocionante depoimento sobre racismo na mesa que uniu o ator Lázaro Ramos e a jornalista Joana Gorjão Henriques para discutir o tema, a paranaense não consegue dar mais que dez passos pelas ruas do Centro Histórico sem ser abordada. Pessoas pedem fotos, abraços e até autógrafos. Na internet, o vídeo com o registro de sua participação foi visto mais de cinco milhões de vezes. E isso porque ela diz que coisa boa não dá ibope.

— Estou assustada! — confessa ela, admitindo estar também empolgada com a repercussão de sua fala. — Não me preparei para isso, se tivesse pensado, não teria levantado da cadeira, sou muito tímida. Naquela hora quis representar quem não pôde estar aqui. Falei ali pela minha mãe, pelos meus antepassados. Foi um renascimento, uma libertação.


A história que a fez vencer a timidez para narrar “com a alma” um episódio de racismo sofrido num internato católico de São Paulo (e que a levou para o espiritismo, por “pavor” do catolicismo), poderia ter sido tristemente substituída por outra, que viveu dias antes, em Paraty.


— Eu estava passeando pela rua, quando uma mulher me chamou de forma agressiva e disse: "aposto que esse cachorro que vem aqui e faz cocô em tudo é seu!". Por que aquele cachorro tinha que ser meu? Ele poderia ser de qualquer outra pessoa. Eu apenas disse: "eu sei porque você está dizendo que esse cachorro é meu". É racismo. Às vezes eu ignoro, às vezes eu respondo de forma cínica, dessa vez falei no mesmo tom — explica. — Isso aconteceu aqui, na Flip, quando estão homenageando quem? Lima Barreto, que é negro. Nem todo mundo tem essa capacidade de compreensão — completa ela, dona de uma ironia fina, no melhor estilo do homenageado da festa.

Alfabetizadora e professora de educação física aposentada após 40 anos de trabalho, ex-velocista e ex-jogadora de basquete, esporte que ainda acompanha com paixão, Diva é neta de escrava com português, filha de uma lavadeira, que trabalhava em troca de material escolar para que a filha pudesse estudar. Adora ir ao cinema e ao teatro (“quando o preço do ingresso permite”) em Curitiba, onde mora, mas principalmente gosta de ler. Também se diverte contando suas histórias. Diva é muitas, mas não é vítima. E nem “dona” Diva. Só Diva. “Sou também uma sobrevivente”, enfatiza.

— Eu descontava a raiva pelo que acontecia comigo no esporte. Acho a melhor coisa para educar. O esporte disciplina, e ensina até mesmo a lidar com as frustrações e as injustiças. Educação física não é festinha - conta ela, que foi treinada por Almir Nelson de Almeida, “basquetebolista” que representou o Brasil nas olimpíadas de 1952, e considera Pelé o maior atleta de todos os tempos - Mas como pessoa influente, que poderia ter nos ajudado, ele falhou. Ele diz que não existe preconceito, é uma decepção.

Fã de Jorge Amado, escritor que “as pessoas leem como historinha, mas não captam as denúncias que ele faz”, veio para ver as participações de Lázaro Ramos e de Edimilson Pereira de Almeida, negros como ela ("me reconheço em todos"). Sempre quis vir à Flip e não reclama do chão de pedras "que contam seu passado". Ela, que ajuda familiares, só conseguiu juntar dinheiro para participar da festa este ano, por insistência da sobrinha, Maitê, que veio na edição passada. Ao lado de Maitê e das amigas Elizabete e Maria Alice, a quem chama de “irmã”, pegou um avião que fez escala em São Paulo, parou no Rio e encarou as 5 horas de estrada feliz e contente.

Diva queria também conhecer Conceição Evaristo, escritora carioca que, no ano passado, levantou a voz contra a falta de negros na programação oficial da Flip. Avessa à tecnologia (“Google é nada, meu negócio é dicionário”), não acompanhou a polêmica que originou mudanças profundas no evento, que pela primeira vez em 15 edições traz mais convidadas que convidados e aumentou a participação de negros em 30%. Chorou copiosamente ao abraçar a nova amiga (“são lágrimas de resistência”, disse Conceição).


Conta en passant que passou frio e passou fome, mas hoje vive bem e já não se deixa abater pelo racismo. Quando percebe que está sendo seguida por um vendedor em uma loja, gosta de "dar nele uma canseira", andando de um lado para o outro. Levanta a voz contra a hipersexualização da mulher negra e, com segurança, conta que não quis ter filhos para que eles não passassem pelo sofrimento que ela passou. Fica ofendida quando perguntam se ela tem uma cuidadora (“a cuidadora de mim sou eu mesma”). Diz que, se ganhasse R$ 1 a cada visualização de seu vídeo, construiria casas populares. No fim das contas, apesar do susto, admite se divertir com o carinho recebido dos novos fãs.

— As pessoas estão falando que eu virei verbo! Eu divei, tu divaste, ele divou. Mas eu divei mesmo — ri, envergonhada.

* Colaborou Jan Niklas


fonte: https://oglobo.globo.com/cultura/livros/um-perfil-de-diva-guimaraes-professora-de-77-anos-que-roubou-os-holofotes-na-flip-21646524#ixzz4oLYeh83l 
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E eis que, do paraíso, o nosso querido Darci Ribeiro escreve pra essa querida Diva!

De Darcy Ribeiro para a Diva da Flip


Querida Diva,
As coisas demoram a chegar aqui, nesta aldeia cósmica onde eu vim passar a tal da curta eternidade, mas hoje cedo me trouxeram o vídeo onde você falou lá em Parati.
Pela primeira vez tive vontade de voltar praí, pra te dar um abraço bem apertado e te sapecar um beijo estalado.
Porque eu, que nunca quis ir embora e briguei o quanto pude para não morrer, andava meio desanimado quando me chegavam aqui, pelo éter, as bobagens que andam sendo ditas aí na nossa Terra.
Até um livro de um tal Camelo, não sei bem o nome dele, dizendo que não há racismo no Brasil apareceu aqui. Não falei nada porque acho que o rapaz escreveu em braille, por incapacidade de ver…
Mas quando vi você juntar tudo o que eu sempre amei na vida – negro, índio, mulher, escola, educação, pensar o Brasil –  e dizer, bem desaforada, que este país (meu grande amor) foi feito com a terra dos índios e o suor dos pretos, esqueci todas as asneiras que me contam  e tive vontade de  fugir do paraíso, aqui onde tenho a minha rede.
Quando eu ainda escrevia no papel – agora eu escrevo no ar, que maravilha, Diva! – falei que no  fazimento do Brasil, gastou-se  cerca de 12 milhões de negros, a principal força de trabalho de tudo o que se produziu aqui e de tudo que aqui se edificou. E falei, meio complicado, tudo o que você explicou melhor, com história do rio das freiras.
As atuais classes dominantes brasileiras, feitas de filhos e netos de antigos senhores de escravos, guardam, diante do negro, a mesma atitude de desprezo vil. Para seus pais, o negro escravo, o forro, bem como o mulato, eram mera força energética, como um saco de carvão, que desgastado era facilmente substituído por outro que se comprava. Para seus descendentes, o negro livre, o mulato e o branco pobre são também o que há de mais reles, pela preguiça, pela ignorância, pela criminalidade inatas e inelutáveis. Todos eles são tidos consensualmente como culpados de suas próprias desgraças, explicadas como características da raça e não como resultado da escravidão e da opressão. Essa visão deformada é assimilada também pelos mulatos e até pelos negros que conseguem ascender socialmente (não vê aquele  babaquinha lá de São Paulo?) , os quais se somam ao contingente branco para discriminar o negro-massa.
Ninguém, Diva, está inteiramente livre disso. Todos nós, brasileiros, “somos carne da carne daqueles pretos e índios supliciados.Todos nós brasileiros somos, por igual, a mão possessa que os supliciou. A doçura mais terna e a crueldade mais atroz aqui se conjugaram para fazer de nós a gente sentida e sofrida que somos e a gente insensível e brutal, que também somos. Descendentes de escravos e de senhores de escravos seremos sempre servos da malignidade destilada e instalada em nós, tanto pelo sentimento da dor intencionalmente produzida para doer mais, quanto pelo exercício da brutalidade sobre homens, sobre mulheres, sobre crianças convertidas em pasto de nossa fúria”.
Quando eu quis, com o Brizola – ele passou aqui, com os filhos, ouviu você e falou, naquele jeito dele, para eu te dizer que não afrouxe o garrão – fazer os Cieps para essa criançada, como era você, lá em Londrina, eles falaram que era caro, que era luxo, que era demais. Eles acham que para as crianças negras, para as crianças da pobreza, basta a lama, para lhes deixar brancas a palma das mãos e a sola dos pés.
De vez em quando, porém, aparece como você para dizer para a gente que acha que ficou branquinha com aquele banho de rio,  que “a mais terrível de nossas heranças é esta de levar sempre conosco a cicatriz de torturador impressa na alma e pronta a explodir na brutalidade racista e classista”.
Precisamos, Diva, de muitas divas assim como você, que despertem uma crescente indignação contra esta herança maldita, porque é isso que  nos dará forças para, amanhã, conter os possessos e criar aqui, neste país, uma sociedade solidária.
Eu, que sempre fui por aí um homem de muitas divas, tenho agora,  daqui de longe, outra Diva por quem me apaixonei.
fonte: http://www.tijolaco.com.br/blog/de-darcy-ribeiro-para-diva-da-flip/

Mulheres Ambientalistas


André Trigueiro, em seu Mundo Sustentável, (http://g1.globo.com/platb/mundo-sustentavel/2013/03/08/mulheres-e-solucoes/), onde fala sobre sustentabilidade e meio ambiente, fez em 2013, no Dia Internacional da Mulher,  uma homenagem às mulheres ambientalistas, que transcrevo aqui:

Mulheres e Soluções

"Há 4 anos, também em um Dia Internacional da Mulher, escrevi um artigo destacando algumas personalidades femininas que se destacaram como defensoras corajosas e intransigentes da vida e da ética. A lista - que de tão pequena, pode ser considerada absolutamente injusta com o expressivo número de mulheres que fazem a diferença em favor da sustentabilidade – é minha singela homenagem nesta data especial. Devo dizer, entretanto, e muito aqui entre nós, que num mundo perfeito, não há necessidade de um “Dia Internacional da Mulher”. Por que apenas um dia? Mas numa sociedade patriarcarcal e machista, esta celebração soa como um álibi." Por André Trigueiro

- Rachel Carson:




Bióloga marinha, autora do livro “Primavera Silenciosa”, obra que teria marcado, na opinião de alguns historiadores, o início do movimento ambientalista. O livro denunciou em 1962 as mazelas do DDT, pesticida que vinha sendo pulverizado em doses maciças nas lavouras americanas, provocando grandes impactos sobre o meio ambiente. “Primavera Silenciosa” recebeu este nome pelo desaparecimento das aves migratórias envenenadas com DDT. Com clareza e objetividade, Rachel conseguiu denunciar um problema que incomodou o poderoso lobby da indústria química americana. Apesar das campanhas de difamação organizadas contra ela, Rachel resistiu e foi apoiada por movimentos sociais que se articularam em defesa do banimento do DDT e de medidas regulatórias para o uso de pesticidas.

- Gros Brundtland:




Considerada uma das três mulheres mais influentes do século passado, Gro Brundtland foi primeira-ministra da Noruega e presidente da organização Mundial da Saúde (OMS). Em 1987, foi designada pela ONU para chefiar a comissão que pautou a maior conferência das Nações Unidas até então, a Conferência Internacional da ONU sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. A comissão “Brundtland” conseguiu difundir mundialmente a expressão “Desenvolvimento Sustentável” no relatório “Nosso Futuro Comum”, que serviu de base para a Rio 92.

- Wangari Maathai:




Primeira ambientalista a conquistar o Prêmio Nobel da Paz, em 2004. Sua singular trajetória pessoal, com proeminente vida acadêmica e formação em universidades americanas, incomodou o marido, que sentiu-se humilhado em uma sociedade machista e pediu a separação. Criadora do movimento Cinturão Verde (Green Belt Movement), promoveu o plantio de milhões de mudas de árvore no Quênia e países vizinhos, onde a demanda por lenha para a produção de energia reduziu drasticamente a área de florestas. Apenas no Quênia, a cobertura verde original foi reduzida a apenas 4%. O movimento recrutou mulheres para o plantio e contou com o apoio da comunidade internacional. A reconfiguração das matas permitiu o retorno dos bichos, a recarga dos aquíferos e melhores condições de vida para milhões de pessoas que deixaram de migrar para as cidades à procura de melhores condições de vida.

- Hazel Henderson:



Economista autodidata, criadora do Mercado Ético (Ethical Market), Hazel Henderson tornou-se uma das mais importantes pensadoras da atualidade, com trabalhos que sugerem a adoção de novos indicadores da economia, novas fórmulas para medir o PIB dos países, uma nova visão empresarial, um novo modelo de desenvolvimento mais justo e sustentável.

- Vandana Shiva:



Prêmio Nobel alternativo, feminista, ambientalista, Vandana Shiva notabilizou-se pela luta em favor da biodiversidade e dos alimentos orgânicos. Criou na Índia uma organização que, entre outras atividades, recolhe diferentes tipos de sementes para proteção biogenética e uso gratuito pelas comunidades tradicionais. Vem denunciando o uso indiscriminado de pesticidas proibidos no hemisfério norte em países pobres, e o lobby dos transgênicos que impede a correta analisa de seus efeitos sobre a saúde humana e o meio ambiente.

Valeu, André Trigueiro, pela homenagem a essas mulheres e suas lutas pelo ambiente. Sem dúvidas há muitas mais, famosas e anônimas, que no dia a dia batalham pela nossa existência no campo, nas cidades, na política. Que possamos nos inspirar em suas trajetórias.

Maria Tereza Pádua - a primeira brasileira condecorada por seu trabalho ambiental

A  jornalista Suzana Camargo, no blog Conexão Planeta - Inspiração para a Ação, informou em 4 de outubro de 2016  que

"Maria Tereza Pádua é primeira brasileira e segunda mulher a receber mais alta condecoração ambientalista do mundo"