Domingo 05 de feveveiro foi mais um dia do projeto
“Educação Ambiental e Uso Sustentável da Unidade de Conservação da Ilha do Japonês”, no Parque Municipal da Boca da Barra.
Paulo Bayer, da Cogema e eu, Christianne Rothier, como representante do Conselho do Movimento Bandeira Azul - Peró, acompanhamos os visitantes junto com voluntários, estudantes e professores da Universidade Veiga de Almeida, instituição parceira da Cogema - Coordenadoria Geral do Meio Ambiente.
Antes da trilha, alongamento e aquecimento do corpo. A caminhada é tranquila, com alguns trechos mais puxados de subida. A vista é deslumbrante!
Ao longo do caminho, Paulo Bayer compartilha com o grupo informações sobre a flora local, destacando espécies endêmicas e também vegetação invasora.
Pelo caminho, os visitantes fizeram uma coleta voluntária de resíduos (latas, garrafas, embalagens diversas de alimento, pontas de cigarro), deixados por visitantes que ainda não despertaram para a importância d cuidado com o patrimônio natural.
Dill Quaresma, da Jovem TV, acompanhou o grupo, entrevistando os participantes para o seu programa.
Este é o famoso Pilosocereus ulei, uma espécie endêmica de cactus, só encontrada nesta região. Um espetáculo! (veja ao final uma ótima matéria sobre esta espécie)
Caatinga fluminense ocupa costa de Saquarema a Búzios
Pesquisadores explicam que alto nível de ensolação e baixo índice pluviométrico da região propiciam aparecimento de vegetação que lembra a que é típica do Nordeste
http://odia.ig.com.br/portal/cienciaesaude/vidaemeioambiente/caatinga-fluminense-ocupa-costa-de-saquarema-a-b%C3%BAzios-1.499088
6.10.2012 às 22h04 > Atualizado em 6.10.2012 às 22h07
Por mais que não tenha sido bom aluno, qualquer brasileiro que
já teve contato com um livro escolar de Geografia sabe: Caatinga é a vegetação
típica do Nordeste, que se estende ainda ao Norte de Minas. Mas pesquisadores
do Rio, referendados por entidades como a Embrapa, defendem que há uma Caatinga
fluminense. Ela fica na Região dos Lagos e parte está sob ameaça de problemas
típicos do local, como ocupação irregular causada pela especulação imobiliária.
A
Caatinga fluminense não é exatamente igual a do Nordeste em relação às
espécies, mas visualmente pode ser bem semelhante. Ela é chamada de Caatinga
Hipoxerófila pela Embrapa e pode ser encontrada sobretudo em Cabo Frio,
estendendo-se para Búzios, Arraial do Cabo, Iguaba e arredores. O bioma tem até
uma espécie endêmica de cactus — que só existe nessa região —, o Cactaceae
Pilosocereus ulei.
O motivo de uma vegetação tão parecida com a do semiárido surgir
perto de paisagens litorâneas paradisíacas como a Praia de Tucuns, em Búzios, é
o fato de que essas áreas têm índice de insolação e chuva semelhante ao das
áreas secas do Nordeste brasileiro. Isso vem se repetindo nos últimos 10 mil
anos, segundo os pesquisadores.
Heloísa
Helena Gomes, do Departamento de Geografia da Uerj, explica que enquanto área
como Angra dos Reis têm algo em torno de dois mil mm de precipitação por ano,
em Cabo Frio ela é de 700 a 800. “Cabo Frio pode ser considerado o único grande
reduto de caatingas extra-sertanejo do País”, diz.
Apesar
da vegetação típica da caatinga fluminense ainda ser abundante, construções
irregulares em áreas não-autorizadas preocupam pesquisadores. “O cactus
endêmico, por exemplo, não corre o risco de extinção, mas é preciso tomar
cuidado, pois ele só existe ali. E vemos alguns absurdos na Região dos Lagos,
como o surgimento de condomínios em áreas que abrigam vegetação, por exemplo”,
observa Heloísa. O pedaço do Nordeste do Rio também requer cuidados.
Parque
com vegetação típica se estende por seis cidades
Parte
do local onde aparece a caatinga fluminense está nos limites de uma área de
proteção criada no ano passado: o Parque Costa do Sol. Segundo o diretor de
Biodiversidade e Áreas Protegidas do Instituto Estadual do Ambiente (Inea),
André Ilha, a iniciativa tem entre seus vários objetivos proteger a caatinga
típica do Estado do Rio.
O Costa
do Sol se estende por 10 mil hectares em Saquarema, Araruama, Arraial do Cabo,
Cabo Frio, Búzios e São Pedro da Aldeia. Metade dessa área é contínua e a outra
se divide em outros 42 setores de proteção, apelidados de “ilhas”.
Segundo
André Ilha, o parque permitirá o uso de setores para ecoturismo e visitação. “O
plano de manejo ainda está sendo elaborado, mas áreas privadas dentro de seus
limites podem ser desapropriadas”, explica.
André
Ilha informou que, para fiscalizar a área e evitar problemas como a ocupação
irregular, 20 guardas serão contratados para trabalhar no Parque Costa do Sol e
uma Unidade de Polícia Ambiental (Upam) também deverá ser instalada na região.
As Upam
começaram a ser criadas este ano no Parque Estadual da Pedra Branca, em
Jacarepaguá, e no Parque Estadual do Desengano, em Campos, São Fidélis e Santa
Maria Madalena.